segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Sobre a precoce partida de Eduardo Campos. Por Wendel Pinheiro


A perda de Eduardo Campos (PSB-PE) é péssimo para a própria esquerda. O PSB Nacional 40 perde um vulto progressista. O que vejo nas redes sociais é que, em geral, as pessoas não têm a mínima dimensão de que ele era neto de um quadro da esquerda do pré-1964 que foi deposto do governo em 1964 ao ser preso no palácio em Recife - o socialista Miguel Arraes. O que vemos na Globo News é um show de hipocrisia aberta, reificando e quase que canonizando Campos, sem ao menos tratar sob as suas raízes no campo da esquerda e na condição de Presidente Nacional do PSB. A Globo tentou fazer a mesma coisa em 2004, com a cobertura do enterro de um dos seus maiores adversários: Leonel Brizola! Não satisfeitos, a Globo News, de forma despudorada, aberta e deslavada, usa o enterro para projetar a imagem da "viúva" Marina Silva. Sem condições de levar à frente o projeto Aécio Neves, a Globo adotou para si a sua nova representante. Ironias à parte, a classe média/alta que assiste a Globo News, com os sentimentos de "pesar" e de "consternação", é a mesma turma que, em outros momentos, satanizou a própria esquerda, apoiando o Golpe de 1964 que atingiu não só o avô de Eduardo Campos, como também Leonel Brizola, Presidente João Goulart, Luís Carlos Prestes... a mesma que volta e meia, entre Eduardo Campos (PSB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB), apoiou Jarbas, que tinha o apoio da Globo. É a realidade dura: a Rede Globo apoiou a ditadura que cassou os direitos políticos do avô de Eduardo e, cinco décadas depois, faz uma apoteóse hipócrita e sórdida em torno do cadáver do prócer socialista, ao vivo na Globo News para todo o país. E, a todo o custo, tenta inflar a imagem da líder da REDE. Assim como Brizola, de certa forma, "Eduardo é guerreiro do povo brasileiro", mesmo sem o mesmo ter tido a liderança dos grandes próceres históricos do campo popular. Eduardo nem de longe foi o que o avô dele foi. Mas, sem dúvidas, era um baita político da nova safra de políticos de esquerda do século XXI. Só tem condições e autoridade para homenagear o Eduardo Campos, quem apoia o campo da esquerda, com a visão nacionalista e democrático-popular. Pra quem apoia Reforma Agrária e os direitos dos trabalhadores e dos marginalizados. Fico aqui com o meu pesar aos verdadeiros militantes e amigos que eu tenho no PSB. Estes sim merecem todo o meu abraço e o meu apoio sincero. Militantes de esquerda comprometidos com o país e com a libertação do povo brasileiro, na defesa dos Direitos Humanos. O resto é conversa fiada. Chororô de quem, nos momentos onde o povo mais precisou, sempre foi contra. Chororô de quem apoia a agenda de classe da direita. Para quem acha que ideologia não existe, o retrato está mais vivo do que nunca. Bobbio tinha razão...

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos de 2014


Estão abertas até a quarta-feira, dia 27 de agosto, as inscrições para o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos, que oferecerá um total de R$ 100 mil para instituições com atuação de destaque na área de Educação em Direitos Humanos (EDH). A quarta edição do prêmio bienal foi lançada em 27 de maio, durante o Fórum Nacional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), quando foram abertas as inscrições. Instituído pela Portaria Interministerial 812/ 2008, o prêmio é promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e pelo Ministério da Educação (MEC) para identificar, reconhecer e estimular experiências educacionais que promovam a cultura de direitos humanos. Com a coordenação da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), o prêmio é apoiado pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e com patrocínio da Fundação SM. Para o Secretário Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da SDH/PR, Biel dos Santos Rocha, o Prêmio se constitui em uma importante ferramenta para valorização e promoção de boas práticas na área de educação em direitos Humanos no País. “É preciso trabalhar na sociedade brasileira valores de direitos humanos, como a solidariedade, paz e companheirismo para que a sociedade possa se conscientizar sobre a importância da valorização do ser humano. Neste sentido, o Prêmio é fundamental para que possamos difundir essas boas ideias”, afirmou o Secretário. Com o objetivo de fomentar boas práticas em EDH, o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos premia instituições, não indivíduos Assim, podem concorrer secretarias de Educação; escolas, universidades e empresas públicas e privadas; organizações não-governamentais; movimentos e organizações sociais; sindicatos; igrejas; agremiações; grêmios; associações e demais entidades vinculados à educação e à cultura. Em 2014, será concedido em quatro categorias, a saber: As Secretarias de Educação na construção da Educação em Direitos Humanos; A Educação em Direitos Humanos na Escola; A Formação, a Pesquisa e a Extensão em Educação em Direitos Humanos; e A Sociedade na Educação em Direitos Humanos. No prêmio, serão distribuídos R$ 100 mil aos vencedores, sendo R$ 15 mil para os primeiros colocados em cada categoria e R$ 5 mil para os segundos colocados. Além disso, o prêmio inclui uma menção honrosa para homenagear – diploma e troféu – experiências referentes a temáticas específicas: em 2010, EDH no âmbito da mídia; em 2012, educação no campo; e, neste ano, educação indígena. A seleção dos premiados se dá em três etapas. Na primeira, um coordenador verifica a compatibilidade estrita dos trabalhos com os pressupostos estabelecidos no regulamento e avalia as propostas. Na segunda, a Comissão Organizadora seleciona os dois melhores trabalhos por categoria. Na útima etapa, uma Comissão Julgadora de especialistas em Educação em Direitos Humanos escolhe o primeiro e o segundo colocado e cada categoria.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

CARTA DE JOÃO UBALDO RIBEIRO A FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, em 25 de outubro de 1998.


Senhor Presidente, Antes de mais nada, quero tornar a parabenizá-lo pela sua vitória estrondosa nas urnas. Eu não gostei do resultado, como, aliás, não gosto do senhor, embora afirme isto com respeito. Explicito este meu respeito em dois motivos, por ordem de importância. O primeiro deles é que, como qualquer semelhante nosso, inclusive os milhões de miseráveis que o senhor volta a presidir, o senhor merece intrinsecamente o meu respeito. O segundo motivo é que o senhor incorpora uma instituição basilar de nosso sistema político, que é a Presidência da República, e eu devo respeito a essa instituição e jamais a insultaria, fosse o senhor ou qualquer outro seu ocupante legítimo. Talvez o senhor nem leia o que agora escrevo e, certamente, estará se lixando para um besta de um assim chamado intelectual, mero autor de uns pares de livros e de uns milhares de crônicas que jamais lhe causarão mossa. Mas eu quero dar meu recadinho. Respeito também o senhor porque sei que meu respeito, ainda que talvez seja relutante privadamente, me é retribuído e não o faria abdicar de alguns compromissos com que, justiça seja feita, o senhor há mantido em sua vida pública - o mais importante dos quais é com a liberdade de expressão e opinião. O senhor, contudo, em quem antes votei, me traiu, assim como traiu muitos outros como eu. Ainda que obscuramente, sou do mesmo ramo profissional que o senhor, pois ensinei ciência política em universidades da Bahia e sei que o senhor é um sociólogo medíocre, cujo livro O Modelo Político Brasileiro me pareceu um amontoado de obviedades que não fizeram, nem fazem, falta ao nosso pensamento sociológico. Mas, como dizia antigo personagem de Jô Soares, eu acreditei. O senhor entrou para a História não só como nosso presidente, como o primeiro a ser reeleito. Parabéns, outra vez, mas o senhor nos traiu. O senhor era admirado por gente como eu, em função de uma postura ética e política que o levou ao exílio e ao sofrimento em nome de causas em que acreditávamos, ou pelo menos nós pensávamos que o senhor acreditava, da mesma forma que hoje acha mais conveniente professar crença em Deus do que negá-la, como antes. Em determinados momentos de seu governo, o senhor chegou a fazer críticas, às vezes acirradas, a seu próprio governo, como se não fosse o senhor seu mandatário principal. O senhor, que já passou pelo ridículo de sentar-se na cadeira do prefeito de São Paulo, na convicção de que já estava eleito, hoje pensa que é um político competente e, possivelmente, tem Maquiavel na cabeceira da cama. O senhor não é uma coisa nem outra, o buraco é bem mais embaixo. Político competente é Antônio Carlos Magalhães, que manda no Brasil e, como já disse aqui, se ele fosse candidato, votaria nele e lhe continuaria a fazer oposição, mas pelo menos ele seria um presidente bem mais macho que o senhor. Não gosto do senhor, mas não tenho ódio, é apenas uma divergência histórico-glandular. O senhor assumiu o governo em cima de um plano financeiro que o senhor sabe que não é seu, até porque lhe falta competência até para entendê-lo em sua inteireza e hoje, levado em grande parte por esse plano, nos governa novamente. Como já disse na semana passada, não lhe quero mal, desejo até grande sucesso para o senhor em sua próxima gestão, não, claro, por sua causa, mas por causa do povo brasileiro, pelo qual tenho tanto amor que agora mesmo, enquanto escrevo, estou chorando. Eu ouso lembrar ao senhor, que tanto brilha, ao falar francês ou espanhol (inglês eu falo melhor, pode crer) em suas idas e vindas pelo mundo, à nossa custa, que o senhor é o presidente de um povo miserável, com umas das mais iníquas distribuições de renda do planeta. Ouso lembrar que um dos feitos mais memoráveis de seu governo, que ora se passa para que outro se inicie, foi o socorro, igualmente a nossa custa, a bancos ladrões, cujos responsáveis permanecem e permanecerão impunes. Ouso dizer que o senhor não fez nada que o engrandeça junto aos corações de muitos compatriotas, como eu. Ouso recordar que o senhor, numa demonstração inacreditável de insensibilidade, aconselhou a todos os brasileiros que fizessem check-ups médicos regulares. Ouso rememorar o senhor chamando os aposentados brasileiros de vagabundos. Claro, o senhor foi consagrado nas urnas pelo povo e não serei eu que terei a arrogância de dizer que estou certo e o povo está errado. Como já pedi na semana passada, Deus o assista, presidente. Paradoxal como pareça, eu torço pelo senhor, porque torço pelo povo de famintos, esfarrapados, humilhados, injustiçados e desgraçados, com o qual o senhor, em seu palácio, não convive, mas eu, que inclusive sou nordestino, conheço muito bem. E ouso recear que, depois de novamente empossado, o senhor minta outra vez e traga tantas ou mais desditas à classe média do que seu antecessor que hoje vive em Miami. Já trocamos duas ou três palavras, quando nos vimos em solenidades da Academia Brasileira de Letras. Se o senhor, ao por acaso estar lá outra vez, dignar-se a me estender a mão, eu a apertarei deferentemente, pois não desacato o presidente de meu país. Mas não é necessário que o senhor passe por esse constrangimento, pois, do mesmo jeito que o senhor pode fingir que não me vê, a mesma coisa posso eu fazer. E, falando na Academia, me ocorre agora que o senhor venha a querer coroar sua carreira de glórias entrando para ela. Sou um pouco mais mocinho do que o senhor e não tenho nenhum poder, a não ser afetivo, sobre meus queridos confrades. Mas, se na ocasião eu tiver algum outro poder, o senhor só entra lá na minha vaga, com direito a meu lugar no mausoléu dos imortais. João Ubaldo Ribeiro

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Quem não Ama a Solidão, não Ama a Liberdade


Nenhum caminho é mais errado para a felicidade do que a vida no grande mundo, às fartas e em festanças (high life), pois, quando tentamos transformar a nossa miserável existência numa sucessão de alegrias, gozos e prazeres, não conseguimos evitar a desilusão; muito menos o seu acompanhamento obrigatório, que são as mentiras recíprocas. Assim como o nosso corpo está envolto em vestes, o nosso espírito está revestido de mentiras. Os nossos dizeres, as nossas acções, todo o nosso ser é mentiroso, e só por meio desse invólucro pode-se, por vezes, adivinhar a nossa verdadeira mentalidade, assim como pelas vestes se adivinha a figura do corpo. Antes de mais nada, toda a sociedade exige necessariamente uma acomodação mútua e uma temperatura; por conseguinte, quanto mais numerosa, tanto mais enfadonha será. Cada um só pode ser ele mesmo, inteiramente, apenas pelo tempo em que estiver sozinho. Quem, portanto, não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre. A coerção é a companheira inseparável de toda a sociedade, que ainda exige sacrifícios tão mais difíceis quanto mais significativa for a própria individualidade. Dessa forma, cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exacta do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é. Ademais, quanto mais elevada for a posição de uma pessoa na escala hierárquica da natureza, tanto mais solitária será, essencial e inevitavelmente. Assim, é um benefício para ela se à solidão física corresponder a intelectual. Caso contrário, a vizinhança frequente de seres heterogéneos causa um efeito incómodo e até mesmo adverso sobre ela, ao roubar-lhe seu «eu» sem nada lhe oferecer em troca. Além disso, enquanto a natureza estabeleceu entre os homens a mais ampla diversidade nos domínios moral e intelectual, a sociedade, não tomando conhecimento disso, iguala todos os seres ou, antes, coloca no lugar da diversidade as diferenças e degraus artificiais de classe e posição, com frequência diametralmente opostos à escala hierárquica da natureza. Nesse arranjo, aqueles que a natureza situou em baixo encontram-se em óptima situação; os poucos, entretanto, que ela colocou em cima, saem em desvantagem. Como consequência, estes costumam esquivar-se da sociedade, na qual, ao tornar-se numerosa, a vulgaridade domina. Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'

sexta-feira, 21 de março de 2014

Joelma Silva: PCdoB, meio ambiente e desenvolvimento sustentável - PCdoB. O Partido do socialismo.

PCdoB, meio ambiente e desenvolvimento sustentável

Nos últimos tempos muitos são os desafios postos aos comunistas para o debate das questões ambientais. Porém, em seminários e escritos recentes temos construído a tese de desenvolvimento sustentável soberano para que todos os militantes estejam a par do que o PCdoB propõe de política nessa área.
Por Joelma Bandeira da Silva*

Para quem conhece o legado da história da luta do povo, nas linhas de frente do Partido Comunista do Brasil, sabe o quanto esse partido fez e faz parte das grandes mudanças progressistas que foram implementadas pelos participantes das trincheiras políticas do nosso país.

Seja nas questões econômicas, sociais e políticas sempre estivemos à frente das grandes lutas postas pelo povo uno e solidário que caracteriza a origem cultural em todas as regiões do Brasil. No entanto, pós século 20 o mundo vem se debruçando sobre o debate da preservação ambiental e as questões do desenvolvimento com equilíbrio entre homem e natureza, a tão debatida questão ambiental e a sustentabilidade.

Sabe-se que os países desenvolvidos capitalistas e grandes espoliadores da natureza, vêm se servindo dela há séculos sem sequer refletir sobre a destruição seus espaços geográficos, suas florestas e seus bens naturais de forma geral. Apenas pensam em seu crescimento econômico, político e social, nem que pra isso tenha dizimado todos os seus bens naturais.

Não obstante, esses mesmos países dão início ao movimento em defesa do meio ambiente e da natureza por volta dos anos 60, pegando carona no Movimento Hippye que se opunha às guerras implementadas pelos Estados Unidos da América contra o Vietnã e a própria fomentação da economia americana com as armas fornecidas para as guerras.

Desde então se criaram fóruns, seminários, reuniões e movimentos alarmistas que o planeta terra estava em risco grave de destruição pelo próprio homem por não saber usar a natureza com equilíbrio. A política ambiental veio com força pra cima dos países mais preservados como o Brasil que detém um grande percentual de reserva natural de água doce e florestas. Chegando ao ponto de comprometer um estado como o Amapá em quase 80% de sua área geográfica com reservas ambientais. Fato que deixa os amapaenses engessados de explorar sua natureza pra garantir uma melhor qualidade de vida aos seus filhos e povo das terras tucujus.

Da mesma forma o olhar do imperialismo sobre a Amazônia e as áreas mais preservadas do nosso país com o intuito de garantir reserva de mercado para dar continuísmo ao seu enriquecimento exacerbado, nos trás o desafio de debater com a sociedade brasileira quais são os reais interesses dessas grandes nações em disseminar a ideologia da preservação ambiental a qualquer custo sem garantir o desenvolvimento e a qualidade de vida dos povos que serão sacrificados em nome do imperialismo e dominação dos países mais ricos.

Desta feita é fundamental que o partido dê continuidade aos Seminários e debates desenvolvidos na Rio+20 de 2012, que se deu 20 anos após a uma das maiores reuniões de questões ambientais realizadas no mundo que foi a Eco 92. Nossos militantes e mandatários devem ter o máximo de domínio sobre a tese do partido debatida na Rio+20 para que não sejamos pegos desprevenidos por quem põe em cheque a política ambiental do PCdoB.

Nós comunistas defendemos o desenvolvimento sustentável soberano, uma tese que garante o uso da natureza sustentável, porém sem a interferência nem a intromissão de qualquer nação sobre as decisões do povo brasileiro. São muitas ONG’s e documentos escritos por países pra intervir na nossa natureza e no espaço geográfico do Brasil com a ideia de preservação integral comprometendo inclusive nossa possibilidade de desenvolvimento econômico e financeiro. Com que objetivo? Será que politicamente não temos ciência nem sabedoria pra decidirmos sobre o futuro de nossas riquezas naturais? 

sexta-feira, 7 de março de 2014

SALVE TODAS AS MULHERES!!!

Confissões de Boni!

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/11/apos-22-anos-boni-admite-que-globo.html?fb_action_ids=683683521695697&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%22683683521695697%22%3A10150375756503344%7D&action_type_map=%7B%22683683521695697%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=%5B%5D